A história do queridinho biquíni
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A história do queridinho biquíni

O famoso biquíni foi criado no século 20 (XX) pelo estilista e o engenheiro de automóveis francês Luis Réard, um empresário que aproveitou uma situação econômica muito complicada para lançar uma revolução. Durante os dias tumultuados da Segunda Guerra Mundial, Réard entendeu o racionamento de tecidos introduzido pelos Estados Unidos e criou um plano para ganhar muito dinheiro. O primeiro traje de banho foi usado em 1946 e gerou tamanha comoção, sendo proibido seu uso em diversos países.

Por que o nome biquíni?

Bikini é uma ilha dos Estados Unidos onde estavam sendo testadas armas nucleares, e bombas eram explodidas. Pensando nisso, Louis nomeou sua criação “Bikini”, por ser uma criação que assim como as bombas, era uma explosão.

A primeira vez

O biquíni foi usado pela primeira vez no dia 5 de julho de 1946, pela modelo Micheline Bernardini, em Paris, a bailarina que foi a única mulher que aceitou a proposta de Louis, pois na época era inaceitável que uma mulher mostrasse o umbigo.

Michelinie Bernardini

O biquíni no mundo

Em 1951, no entanto, a peça controversa foi vetada após o primeiro concurso Miss World, em Londres. Na década de 50, as atrizes de cinema e as pin-ups americanas foram as maiores divulgadoras do biquíni. Ignorando os comentários negativos sobre o biquíni, Brigitte Bardot foi à praia vestindo um minúsculo traje de banho de duas peças durante o Festival de Cinema de Cannes, em 1953. Em 1956, Brigitte imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos.

Brigitte Bardot, Cannes 1953

Na década de 60, a imagem sensual da atriz Ursula Andress dentro de um poderoso biquíni, em cena do filme “007 contra o Satânico Dr. No” (1962) entrou para a história da peça. Em 1964, o designer norte-americano Rudi Gernreich dispensou a parte de cima do traje e fez surgir o topless, numa ousadia ainda maior. Um modelo muito usado nos anos 60 era o chamado

“Engana-mamãe”, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni.

Biquini engana-mamãe

os anos 90, a moda de praia tornou-se ainda mais importante começando a surgir mais tipos de vestuário e acessórios como a saída de praia, as malas coloridas, os chinelos, óculos, chapéus e toalhas. Os modelos foram triplicando e com a ajuda da evolução tecnológica foram criados tecidos mais apropriados e de melhor qualidade para o banho no mar e na piscina.

No Brasil

O biquíni só começou a ser usado no Brasil no final da década de 50, por vedetas como Carmem Verônica e Norma Tamar. A partir daí, a história do biquíni viria se tornar parte da história das praias cariocas, verdadeiras passarelas de lançamentos da moda praia nacional.

Uma das aparições mais famosas nas areias daqui foi da atriz Leila Diniz, que ostentou sua gravidez de oito meses na praia de Ipanema usando um biquíni. A imagem se tornou símbolo da liberação feminina nos anos 70.

Leila Diniz

Helô Pinheiro, a eterna “garota de Ipanema”, também fez história na moda praia desfilando no calçadão com seus biquínis nos anos 60.

Helô Pinheiro

No início dos anos 70 a criação de um novo modelo de biquíni brasileiro ousou ainda mais, foi a famosa tanga, e na entrada dos anos 80 a asa-delta seguida pelo fio dental.

Maiô asa-delta – Pamela Anderson

O Brasil é o país que sem dúvida mais produz e consome biquínis. Este ao longo dos anos evoluiu em tecnologia e modelagem. O biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente, pois tem um estilo mais ousado, tem melhor qualidade e modelos mais criativos, que os diferencia dos outros produtores de moda praia mundial. O país tem grande consumo no setor devido ao clima, e pela sua extensão de litoral com mais de 7mil km de praias, o que explica ser este o pais lançador mundial de tendências de moda de praia. Muitas mulheres empoderadas, fortes e revolucionárias tiveram de enfrentar barreiras que hoje são consideradas normais e naturais pela sociedade.

Acreditamos que devemos ter a liberdade de sermos quem quisermos, vestir o que preferimos e ter o espaço onde estamos, e graças a essas mulheres que fizeram a história na moda, e modificaram a cultura machista podemos estar sempre em busca da liberdade feminina.

Gostou de explorar a história dos Biquínis com a VAMMAG? Agradecemos o seu interesse pela leitura!

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