Mona lisa: Saiba tudo sobre a pintura de Leonardo da Vinci
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Mona lisa: Saiba tudo sobre a pintura de Leonardo da Vinci

Obra de arte criada no período do Renascimento por Leonardo Da Vinci

A Mona Lisa é uma das mais famosas obra de arte do mundo. Ganhou destaque mundial por ter sido criada por uma importante figura história, Leonardo da Vinci, bem como por suas características, tanto no que diz respeito às concepções estéticas como ao conteúdo.

A Mona Lisa, ou Gioconda, encontra-se hoje no Museu do Louvre, em Paris, na Salle de la Joconde, protegida por um vidro e também por seguranças. O quadro mede 77 por 53 centímetros e, por questões de conservação, pode ser apreciado apenas através de um cordão que demarca o limite até onde o público pode se aproximar. A obra de Leonardo da Vinci é considerada a mais cara do mundo.

Características da obra de arte

Acredita-se que a Mona Lisa teria sido pintada em Florença, nos primeiros anos do século XVI (entre 1503 e 1506), ocasião em que Da Vinci vivia por lá. A hipótese mais provável sobre a sua criação, sustentada atualmente por especialistas, é que Leonardo teria aceitado realizar o retrato da esposa de um rico comerciante da vila, Francesco del Giocondo. A modelo, Lisa di Noldo Gherardini, teria nascido em 1479 e se casado em 1495 com Francesco, com quem teve três filhos.

Não se sabe se ela realmente existiu ou se foi uma imagem inventada por Leonardo da Vinci. Existe, também, uma hipótese de que a obra seria um autorretrato do pintor. Sabe-se que há toda uma evocação de humanidade, para além da representação de uma pessoa, na imagem de Mona Lisa, especialmente em seu enigmático sorriso. A obra já foi tema de música, poemas, artes a até filmes. Na obra pode-se notar a ausência de sobrancelhas em Mona Lisa. A explicação dada por alguns historiadores é que Leonardo havia pintado as sobrancelhas, mas durante a primeira limpeza (no século XVII) foi usado um solvente impróprio e as sobrancelhas se dissolveram.

A obra se integrou ao centro europeu mais intensamente dedicado à arte, sendo, após a Revolução Francesa, incorporada ao acervo do Louvre. Após isso, passou um tempo nos aposentos de Napoleão Bonaparte e, posteriormente, foi resgatada pelo Louvre. No século XIX, a mitificação em torno da Mona Lisa intensificou-se. Sua fama se popularizou após o roubo do Louvre, em 1911, e posterior recuperação, em 1913, quando se tornou manchete dos principais jornais e, só então, passou à condição de ícone global. Sofreu, ainda, posteriormente, um atentado, o que justifica o esquema de segurança em torno dela.

Técnica sfumato no quadro

A técnica batizada por Leonardo como sfumato contribuiu para aumentar a expressividade de suas representações. Consistia em usar sucessivas camadas de cor, com variações mínimas de tom, eliminando linhas de contorno, para dar maior naturalidade à iluminação natural e, ao mesmo tempo, conferir maior volume e profundidade. Os materiais são esfregados com o dedo por cima do desenho com riscos, para que esses riscos sumam e fique apenas o resultado limpo do degradê (gradiente de cor), ou seja, esfrega-se os dedos sobre eles, criando um efeito esfumaçado e sem marcas de pincéis ou das ferramentas utilizadas.

Mona Lisa e o Renascimento

A maior contribuição da pintura do Renascimento foi sua nova maneira de representar a natureza, através da técnica pictórica e a perspectiva matemática, criando uma eficiente ilusão de espaço tridimensional em uma superfície plana. Vale destacar que a linguagem visual formulada pelos pintores renascentistas foi tão bem sucedida que permanece até hoje. O retrato de Mona Lisa propicia a análise de elementos históricos relativos ao Renascimento. Um elemento fundamental para a pintura é o uso de tintas mais sofisticadas como a tinta a óleo, a qual remete à época das relações comerciais entre os europeus e os povos árabes. As tintas eram comumente importadas do Oriente através dos comerciantes europeus, dentre os quais se destacam justamente os comerciantes venezianos. Os detalhes nas roupas da protagonista da pintura é outro ponto que pode ser ressaltado, pois as sedas e veludos expressam, de certa forma, a consciência que muitos artistas tinham a respeito dessas trocas com o Oriente, incorporando a visão e a habilidade dos mesmos nas suas produções artísticas. Historicamente falando, a Mona Lisa também possui aspectos da arte renascentista no que diz respeito ao período difícil enfrentado pelo povo na época, representando de maneira artística detalhes importantes da dinâmica do poder e das transformações econômicas pelas quais a Itália passou no Cinqueccento, uma das fases do Renascimento. A Mona Lisa nasce e é esculpida historicamente dentro desse ambiente histórico de transição – entre a Idade Média e a Modernidade – o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo -, por isso carrega em seu corpo as marcas de sua historicidade. Dessa maneira, Da Vinci consegue expressar na Mona Lisa, através da riqueza de detalhes de sua roupa (por exemplo) a classe à que ela pertencia, o que aponta para sua historicidade, já que a pintura ganha concretude social e não mais “somente” artística. É nesse contexto que surge o Humanismo.

O criador de Mona Lisa: Leonardo da Vinci 

Leonardo da Vinci, artista renascentista italiano, nasceu em 15 de abril 1452. Foi um dos mais importantes artistas do Renascimento. É considerado um gênio, pois mostrou-se um excelente anatomista, engenheiro, matemático músico, naturalista, arquiteto, inventor e escultor.

Principais características das pinturas de Da Vinci: utilização da técnica artística da perspectiva, uso de cores próximas da realidade, figuras humanas perfeitas, temas religiosos, uso da matemática em cálculos artísticos, imagens principais centralizadas, paisagens de fundo, figuras humanas com expressões de sentimento, detalhismo artístico.

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