DE CORPO E ALMA: Lucy Ramos na capa de janeiro
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DE CORPO E ALMA: Lucy Ramos na capa de janeiro

Atualizado: 11 de mar. de 2022

Atriz que se entrega, Lucy Ramos protagoniza o filme "O Segundo Homem" e afirma para a VAM Magazine: “Não consigo me doar pela metade”


Lucy Ramos é uma mulher decidida, forte, mas dona de uma fala doce e calma. E desse jeito que ela conduz essa conversa com a VAM Magazine. Um registro diferente do seu novo trabalho. Em O Segundo Homem, filme de Thiago Luciano que estreia no Star Plus, ela é Solange, uma das personagens centrais do longa-metragem. “O meu maior desafio foi deixar essas emoções da personagem suaves e muito intensas ao mesmo tempo, muito naturais”, destaca Lucy. A história se passa num Brasil futuro, onde o porte de armas é liberado e a ação das milícias aumenta progressivamente, elevando a violência a níveis sem precedentes. Para a Lucy, o drama com tons de suspense e thriller psicológico pode propor uma reflexão: “Torço para que as pessoas percebam que, apesar de o filme se passar num futuro distópico, não é uma realidade tão distante. Que possam enxergar esse momento como uma possibilidade de mudança do que não fazer para que as coisas cheguem até o ponto que contamos no nosso filme”. No nosso bate-papo, Lucy fala mais sobre a carreira, sobre o cenário cultural do país e sobre si: “Sinto muito orgulho da minha força de vontade, do não comodismo e da coragem que tenho para enfrentar novos desafios e sempre entregar o meu melhor. Não consigo me doar pela metade”. Confira!



Photo: Diego Serres

Editor In-Chief: Antonnio Italiano

Styling: Gabriel Fernandes & Julia Moraes

Beauty: Will Vieira

Press: Stampa Comunicação



VAM: Qual foi a maior dificuldade na composição desse trabalho?

A Solange passou por dois assaltos à mão armada em menos de um mês e em um deles foi atingida. Com isso sofre um stress pós traumático advindo desses assaltos. O meu maior desafio foi deixar essas emoções suaves e muito intensas ao mesmo tempo, muito naturais.


VAM: Fazer cinema, no Brasil, não é fácil. Qual é a sensação de ver esse trabalho chegar ao público?

É uma sensação de contribuição para a nossa cultura. Tenho muito orgulho de ter participado e ajudado a construir essa história, vê-la ganhando vida é o resultado de um trabalho de anos desde a ideia inicial até chegar na tela. Tivemos uma equipe dedicada que respira arte e sonhos. Os patrocinadores e apoiadores foram fundamentais para a realização de tudo, SOTREQ, Selmi/ Renata, a prefeitura de Sumaré que abraçou o projeto. Agradeço a todos os parceiros que estiveram com a gente na missão de fazer acontecer. Ao grande artista Thiago Luciano que se ele não tivesse tido a ideia do filme nada estaria acontecendo.


VAM: O que é necessário para você aceitar um projeto? Ou criar um projeto (o que não pode faltar?

Para a aceitar um projeto busco sempre um bom personagem, uma boa história e saber quem está conduzindo a embarcação. O personagem precisa tocar em algum lugar, entender quais são seus conflitos… Para criar um projeto é preciso manter vivo a inquietação, procurar estar sempre atenta ao redor.



VAM: O que você espera que esse filme traga de reflexão para quem assistir?

Torço para que as pessoas percebam que apesar do filme se passar em um futuro distópico, não é uma realidade tão distante da nossa. Que possam enxergar esse momento que estamos vivendo como possibilidade de mudança do que não fazer para que as coisas cheguem até o ponto que contamos no nosso filme.


VAM: Filme vai estrear no streaming, que vem ganhando muita força. Como você vê essa oportunidade?

É um mercado que vem crescendo significativamente e junto com ele vem abrindo muitas portas para profissionais do audiovisual. Então vejo como algo muito positivo, são mais chances de ver pessoas capacitadas mostrando o seu talento.


VAM: Você foi dirigida pelo Thiago Luciano, que vem a ser o seu marido. Como é ser dirigida pelo seu parceiro? Quais os prós e os contras?

É uma parceria muito feliz pois o Thiago é um excelente profissional, um grande diretor e roteirista. Um cara super sensível na sua arte, vê poesia no que faz e tem uma escuta muito apurada. É generoso, está sempre aberto ao novo. Vem abrindo seu caminho na arte através de um trabalho diário e amor pelo o ofício. Ser dirigida por ele é um privilégio, o vejo como um dos grandes diretores brasileiros. Sinto que o fato dele também atuar soma muito na condução dos atores no set. Deixando TODOS a vontade para criar e somar. Estamos casados há 15 anos hoje sabemos o limite do artístico e do pessoal.



VAM: Como você avalia o cenário cultural do nosso país nesse momento?

Definitivamente não estamos em um momento bom. Acho que falta responsabilidade e valorização para com o setor que traz tanto retorno positivo para muitas famílias e transforma vidas através da cultura.


VAM: Você tem uma carreira sólida, com muitos trabalhos. O que você gostaria realmente de fazer e ainda não fez?

Tenho algumas inquietações profissionais. Quero dar vida a personagens diversos, sair dos estereótipos, dar vida a personagens desafiadores e que me permitam sair da casinha.

VAM: Já tem planos para voltar a TV?

Por enquanto, não. Só planos que ainda não estão concretos. Quando estiver tudo certinho, eu conto!


VAM: O que você gosta de fazer nas suas horas vagas?

Gosto de aproveitar a companhia da minha família, meus amigos, meus cachorros, curtir a natureza, ficar quietinha em casa vendo séries, filmes, viajar…

VAM: Como você se descreveria? Quem é Lucy?

A Lucy é uma mulher batalhadora, que sabe o valor de cada conquista, sabe olhar pra trás com carinho e entende que as conquistas de hoje são frutos do esforço de ontem. É grata as pessoas que estão com ela nos momentos não tão floridos. É sensível, atenta a causas e muito otimista também. Que procura sempre enxergar o melhor do ser humano, embora as vezes seja difícil, ela continua esperançosa no melhor.


VAM: Do que você mais sente orgulho?

Em relação a mim? Sinto muito orgulho da minha força de vontade, do não comodismo e da coragem que tenho para enfrentar novos desafios e sempre entregar o meu melhor. Não consigo me doar pela metade.



VAM: Qual mensagem você deixaria para aqueles que desejam seguir nessa profissão?

Pode parecer clichê, mas acreditem no seu sonho… não desistam, é possível! Com seu estudo, persistência e dedicação você verá que as oportunidades podem até demorar, mas elas irão surgir, por isso é importante estar atento. Não ache que é só glamour porque definitivamente não é, nem um pouco! Mas quando se faz o que gosta o trabalho vira prazer, é assim que me sinto quando estou trabalhando. Vale a pena insistir e continuar mesmo diante das dificuldades.




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