Mayssa Leão: a arte como conexão entre o Cosmo e a Natureza
- VAM Magazine

- 3 de mai.
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"Olhar para as estrelas é, de certa forma, contemplar nossa própria origem e lembrar que, apesar de nossa individualidade, somos parte de algo muito maior."

Neste espaço dedicado à arte e à cultura, temos o prazer de apresentar Mayssa Leão, uma artista extraordinária que cresceu cercada por um universo vibrante de cores e formas, com a natureza desempenhando um papel essencial em sua vida e em sua obra.
Desde a infância, Mayssa foi profundamente influenciada por uma família de pintoras, encontrando na natureza seu principal campo de exploração criativa. “A natureza sempre fez parte da minha vida, desde os meus primeiros anos. Ela foi a grande guia do meu processo criativo. A sensação de imersão no verde das matas, no céu, nas árvores... tudo isso nutriu e expandiu a minha visão artística”, revela.

Embora tenha se formado em Direito Ambiental, foi por meio de uma trajetória artística autodidata que Mayssa encontrou sua verdadeira forma de expressão. Sua arte transcende a simples representação visual: ela busca conectar o visível ao invisível, explorando os mistérios do micro e do macrocosmo.

“Minha arte é um convite a olhar além da superfície. Sempre me interessei pela ideia de micro e macrocosmos: o que vemos com os olhos e o que sentimos com a alma. A arte tem essa capacidade de nos aproximar dessa sensação”, reflete.
Suas obras são abstratas, repletas de poesia e técnica, com formas e cores que remetem tanto a paisagens naturais quanto cósmicas. Mayssa não busca o realismo, mas sim uma relação sensível e existencial com o mundo que a cerca. Cada quadro é uma reflexão sobre a fragilidade e a beleza da natureza e do universo — desde as nebulosas distantes até as flores que desabrocham ao alcance dos olhos. Suas criações se assemelham a fragmentos de memória ou sonho, desconstruindo a linearidade da realidade e oferecendo ao espectador uma experiência profunda e imersiva.

Um dos aspectos mais marcantes de seu trabalho é o processo artístico inovador, que mescla técnicas tradicionais com recursos inesperados. Sua experiência como chef de cozinha trouxe métodos pouco convencionais para o universo das artes visuais, como o uso de maçaricos e difusores.
“Esses instrumentos me permitem criar uma explosão de cores que não podem ser replicadas. Cada obra é única, assim como a natureza. A imprevisibilidade dessas técnicas reflete a imprevisibilidade que está em toda parte ao nosso redor”, explica.
A arte de Mayssa não é apenas uma celebração da beleza natural, mas também uma poderosa ferramenta de reflexão sobre a preservação ambiental. Ela conecta sua prática criativa ao conhecimento sobre o meio ambiente, utilizando a arte como instrumento de conscientização acerca da fragilidade do planeta e da urgência de ações para protegê-lo.
“A relação entre arte e meio ambiente sempre foi muito forte para mim. Não se trata apenas de mostrar a beleza da natureza, mas também de refletir sobre sua preservação, sobre nossa responsabilidade com o que estamos deixando para as futuras gerações.”

Além de artista visual, Mayssa também atua como curadora de exposições, atividade que considera uma extensão de seu processo criativo. “Para mim, a curadoria é uma continuação do meu próprio processo. Gosto de criar diálogos entre as obras, provocando questões e reflexões universais. A arte é, acima de tudo, um campo de reflexão e transformação”, comenta.
Sua carreira é marcada por prêmios e participações em exposições de destaque. Em 2024, teve obras incorporadas ao acervo do Museu do Estado de Pernambuco, participou das comemorações dos 140 anos do Salão dos Independentes em Paris e da edição de Vinhedo (SP), além de receber menção honrosa nos Salões de Pinhais, no Paraná. Em todas essas mostras, Mayssa segue explorando a interseção entre cosmos e natureza, expandindo sua linguagem artística e oferecendo ao público uma visão sensível de nós mesmos e do universo.

Cada obra criada por Mayssa é uma oportunidade de conexão com um mundo visualmente rico e filosoficamente profundo, no qual as criações dialogam entre si e com o espectador — convidando todos a refletir sobre sua própria relação com a natureza e com o cosmos.

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