O vício é muito mal compreendido, Dr. Rodrigo Schröder
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O vício é muito mal compreendido, Dr. Rodrigo Schröder

Precisamos falar sobre vícios!


Fomos condicionados a acreditar que as pessoas são "viciadas". Ter um vício a torna doente, desordenada, a própria palavra carrega consigo muita vergonha. Também há vícios aceitáveis ​​ou mesmo positivos: como excesso de trabalho / negócios / exercícios físicos / conquistas crônicas e as inaceitáveis: como o vício em drogas, em comidas não saudáveis, em sexo . Ambos têm os mesmos ciclos.

O vício é uma tentativa válida de regular um sistema nervoso desregulado.


É um mecanismo de "defesa" autodestrutiva, essa não seria a palavra ideal, melhorando: de enfrentamento.


Na maioria das vezes, o vício não é necessariamente apenas à substância ou atividade em si. O vício é em certos estados emocionais a ativação do sistema nervoso que acompanha esses estados.


O vício é o adulto inconscientemente envolvido em um padrão indefeso de automutilação. Internalizando o ciclo da infância de onde foram vítimas. Repetimos o que sabemos.


O vício, independente de qual seja, na minha prática vejo mais o vício em comida ou em drogas lícitas como o álcool por exemplo, traz um alívio de curta duração. O ciclo da vergonha depois. O tédio + agitação que vem quando o corpo puxa pela adrenalina + cortisol que faz um ser humano traumatizado se sinta vivo ou a si mesmo. Um "prazer" no meio do caos. De tentar dar um momento de prazer a um órgão que adora prazer, o cérebro. Importante compreender isso!


Se você está lutando contra um vício, reconheça sua criança interior. Reconheça que este ciclo foi aprendido antes mesmo de você estar consciente dele. Reconheça que você não está acabado, você está lidando com isso. E novos mecanismos de enfrentamento podem ser aprendidos à medida que os antigos são desaprendidos.


“Viciado”: um humano desesperado para enfrentar seus problemas . Como se uma Nutella ou um Big Mac neste caso, apagasse os problemas por alguns instantes. Um momento curto de felicidade. Não confronte, não ache que estas pessoas não querem, todo viciado em algo esconde uma falta. Ajude a enfrentar, mas da maneira correta. A comida não vai arrumar aquela gaveta desarrumada por você, ela só faz você esquecer a gaveta por alguns instantes, mas ela continua lá. Entenda a arrumar a gaveta, este é o caminho, ajuda alguém a como arrumar a gaveta e não dar esporro por não jogar a gaveta fora. Pensem nisso.


Rodrigo Schröder, Médico, saúde, hipertrofia e emagrecimento, RJ.


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