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VAM Health - Dr Rodrigo Martinez: longevidade saudável, o grande trunfo do século

O médico tira dúvidas essenciais sobre a longevidade, e processos para alcançar o sucesso físico e mental. Leia a entrevista completa a seguir:

PH: Moises Pazianotto | Ass. Imprensa: RL Assessoria

Nascido e criado na metrópole, se formou em Medicina na Santa Casa de São Paulo, instituição onde fez sua residência em Ortopedia e Traumatologia. Após se especializar em cirurgia de coluna, começou a estudar a área de Medicina Esportiva, onde também se especializou. Desde então, tem feito diversos cursos de pós-graduação, como em Nutrologia, em Atividade Física para Grupos Especiais, além de diversos cursos, sempre voltado para a parte de metabolismo, performance, emagrecimento e envelhecimento saudável. Atualmente, atende pacientes em seu consultório em São Paulo, produz conteúdo para a Internet e coordena um curso de Pós Graduação em Medicina do Esporte, além de dar aula em outro curso. Tire suas dúvidas e cuide ainda mais do seu Corpo & Mente!

Entrevista:


VAM: Como e quando o mundo da musculação e do fisiculturismo entrou em sua vida? Foi antes ou depois da decisão de ser médico? O esporte sempre foi algo muito presente na minha vida desde a infância. Pratiquei natação dos meus 3 até 16 anos, e desde pequeno sempre gostei de jogar futebol, esporte que pratiquei durante toda a minha graduação e por um bom tempo depois. A musculação entrou na minha vida no final da adolescência, naquela fase que todo mundo começa a fazer para tentar impressionar os outros - o que no meu caso não funcionou muito bem. Fui passar a entender e respeitar o esporte no final da graduação, quando passei a treinar de forma mais regrada e consciente.


VAM: Com essa dedicação, você se tornou um médico que alcançou o resultado físico desejado por muitas pessoas, inclusive seus pacientes. Que benefícios pessoais e profissionais isso te proporcionou? Primeiramente, benefícios físicos. Tenho uma dor crônica nas costas que diminuiu muito conforme eu fui ganhando volume muscular. Acho que quando você passa a entender a musculação como uma atividade essencial e parte da sua rotina, isso te promove não somente benefícios estéticos, mas questões como organização, respeito ao descanso e uma melhora importante na auto estima.


VAM: Na sua avaliação, como é, de modo geral, o conhecimento médico a respeito do esporte? Ainda muito superficial. As faculdades não se aprofundam muito no tema, então os alunos e recém formados ficam a mercê de informações de fontes que podem, muitas vezes, não serem confiáveis. E o pessoal mais antigo ainda está preso a muitos conceitos e preconceitos errados.

VAM: E quanto ao mercado de Medicina Esportiva no país? Ele é propício para a entrada de novos médicos? O mercado de Medicina no país está cada vez mais saturado, com a abertura de novos cursos sem controle que observamos nos últimos anos. Mas ainda é uma profissão que vale a pena, independente da área, pra quem se dedica, estuda e se destaca entre seus pares.


VAM: Ao menos entre os nomes que aparecem na grande imprensa, ainda é comum ver mais homens do que mulheres exercendo a Medicina Esportiva. Você considera a especialidade machista? Não, de forma alguma. As primeiras referências de colegas que se interessaram na área, pra mim, foram mulheres. Obviamente que existe um percentual muito mais pendente pros homens, mas acho que isso é mais consequência de um desvio cultural entre os próprios médicos e médicas que sempre deixaram especialidades ligadas a trauma, impacto e performance mais para homens. Mas não vejo e nunca vi nada que possa preocupar uma mulher que queira ser médica do esporte.


VAM: Em uma era de “Dr. Google”, redes sociais, WhatsApp e fake news, você vê a importância do médico, em especial o nutrólogo, aumentada, como uma fonte de conhecimento confiável sobre alimentação? Acho que a principal ferramente para a população, médica ou não, é a dúvida. Nunca levar como regra um conhecimento que acabou de ser transmitido. Questionar e buscar outras fontes, para confirmar ou ir contra o que foi dito, é essencial. Ninguém é dono da verdade, e muita gente muito boa e influente pode errar também, às vezes. Cabe a cada um saber filtrar isso.

VAM: Ainda falando de fake news, você acredita que deve haver um trabalho proativo do médico, e não apenas reativo, no sentido de derrubar mitos que acabam prejudicando a saúde das pessoas? Com certeza. Especialmente em relação à prática de atividades físicas. Mitos como crianças e adolescentes não podem fazer musculação, gestantes não podem se exercitar e idosos devem evitar atividades de impacto estão caindo por terra, felizmente. Cabe a nós, médicos informar e desmistificar tudo isso.

VAM: Como define a importância das redes sociais em sua carreira? É uma ferramenta, não essencial, mas que me permite passar informações a quem não me conhece, ajudar quem não pode passar em consulta, e me conectar com outros profissionais e referências da área.


VAM: Você aconselha jovens médicos a serem ativos nas redes sociais? Não acho essencial, mas necessário. Vivemos em uma sociedade conectada; estar fora dessa rede pode atrapalhar quem esteja começando.

VAM: Como e onde foi o primeiro contato com atletas? Durante a graduação, e logo após, comecei a entender como funciona o atleta como paciente. Mas meus pacientes considero todos atletas; a diferença é que alguns tem isso como profissão.


VAM: Com sua rotina agitada, sobra tempo para praticar esportes ou outros hobbies? Faço musculação de 4-6x por semana, e de vez em quando ainda me arrisco num futebolzinho. Semprr tento mesclar a rotina profissional com atividades distintas da Medicina - leitura e vídeo game são onde eu mais “perco” meu tempo. O problema é que isso só é possível esticando a duração do dia. Então meu sono é sempre restrito e prejudicado.


VAM: De uma batalha a outra: qual a sua visão, como doutor, sobre a Covid-19? O que mais lhe preocupa? Fugindo do óbvio médico, acho que o mais me assustou foi a pandemia da desinformação. Vimos o poder que as redes sociais tem, pro bem e pro mal. E me surpreende até hoje colegas médicos que deixam a Medicina de lado apenas para seguir dogmas políticos. Isso sim me assustou.


VAM: Você recomenda a pós-graduação em Medicina do Exercício e do Esporte a um médico recém-formado e àquele que busca novos ares na profissão? Acho essencial, ainda, que o recém formado faça a residência médica. Depois ele pensa em quantas pós graduações quiser. Mas a vivência do dia a dia de uma residência, com seus deveres, cobranças e, muitas vezes, injustiças, moldam o médico. Pular essa etapa acho um erro.

VAM: Qual a formação necessária para exercer essa função? Existe um curso específico ou só o curso normal de Medicina? Todo médico pode fazer residência em Medicina do Esporte. Existem pós graduações que aceitam não médicos, mas não fornecem certificado ou titulação. Pode ser uma maneira bacana de outros profissionais terem contato com á área; mas pra ser especialista, somente médicos.

VAM: Qual a especificidade da medicina para o futebol? O futebol, como toda atividade física de alto rendimento, demanda um conhecimento específico de biomecânica, fisiologia e diversos outros conceitos que precisar ser individualizados para a modalidade.


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