20 anos após o “9/11”, Nova York se reinventa ano após ano
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20 anos após o “9/11”, Nova York se reinventa ano após ano


Uma mulher chora junto ao nome de seu marido, uma das vítimas do atentado de 11 de Setembro. REUTERS

Carla Mendes.

Guia brasileira em NY.


Há exatos 20 anos, Nova York protagonizou uma cena que marcou o mundo inteiro e que jamais será esquecida pelos americanos (We’ll Never Forget): a queda das torres gêmeas (World Trade Center). O evento de horror que marcaria a história dos Estados Unidos para sempre ficou conhecido como 9-11 (em inglês, nine eleven). Terroristas atacavam o coração da democracia ocidental e esta ferida marcaria de forma permanente o país.


Para quem não sabe, o World Trade Center (WTC) era um complexo comercial de 64.749m² no Lower Manhattan que continha sete edifícios, uma grande praça e um centro comercial subterrâneo que ligava seis dos edifícios. As peças centrais do complexo eram as Torres Gêmeas. Em 11 de setembro de 2001, todo o complexo foi destruído em um ataque terrorista que passou a ser chamado de "11 de setembro".


As Torres Gêmeas eram, até então, os edifícios mais altos da cidade de Nova York. Com 110 andares cada, as torres 1 WTC (Torre Norte) e 2 WTC (Torre Sul) proporcionaram quase 10 milhões de m² de espaço de escritórios para cerca de 35.000 pessoas e 430 empresas. Durante um breve período após sua conclusão em 1973, eles foram os edifícios mais altos do mundo. Atraíam diariamente cerca de 70.000 viajantes e turistas.


As cenas de horror e choro após o 9/11 foram, ao longo dos anos, dando espaço para um sentimento de luto e de dívida para com as vítimas do atentado do 9/11, que ganharam homenagens de pessoas do mundo inteiro a cada ano, desde o episódio. Em 18 de dezembro de 2001, o Congresso americano aprovou instituiu a data de 11 de setembro como o “Dia do Patriota”. Em 2009, foi a vez do Congresso nomear o 11 de setembro como “Dia Nacional de Serviço e Memória”.


Os primeiros memoriais ao 11 de setembro ocorreram logo após os ataques, com vigílias à luz de velas e homenagens às flores nas embaixadas dos Estados Unidos em todo o mundo. A cidade do Rio de Janeiro colocou cartazes mostrando a estátua do Cristo Redentor da cidade abraçando o horizonte de Nova York. Emocionante!


Para o primeiro 'aniversário' dos ataques na cidade de Nova York em 2002, duas colunas brilhantes de luz foram atiradas para o céu de onde as Torres Gêmeas estavam.

Em 11 de setembro de 2011, o Memorial do World Trade Center é aberto ao público no 10º aniversário do “9/11”. 3 anos depois, mais precisamente em 15 de maio, o National September 11 Memorial & Museum é dedicado no Lower Manhattan.


Em novembro do mesmo ano (2014), nascia no lugar das duas torres derrubadas durante o ataque um novo espaço. Por conta do buraco (no sentido físico, mas também emocional) deixado pelas torres gêmeas, a cidade de Nova York sentiu-se na obrigação de construir uma nova instalação imobiliária, então chamada de One World Trade Center. O edifício reabilitou Baixa Manhattan como um lugar de negócios e turismo. O One World Trade Center consumiu oito anos de construção e um investimento próximo dos 4 bilhões de dólares.



Além da questão econômica, a importância do One World Trade Center se expressa pelo edifício significar uma volta à normalidade, 20 anos depois dos atentados do 9/11. O lugar proporciona uma vista surreal de toda Nova York, com a qual os visitantes do mundo inteiro se encantam, embora com certo respeito em tudo o que aconteceu ali. O Memorial do 11/9 e as cascatas em homenagem às vítimas na base da torre se misturam com a frenesi da região comercial.


Definitivamente, uma visita a esta obra arquitetônica é uma volta ao passado e a história americana, que como eles costumam dizer, “we’ll never forget”.




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