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Débora Falabella compartilha sua jornada: Do Teatro à Direção de Cinema - Uma conversa reveladora

Na entrevista com a renomada atriz Débora Falabella, exploramos sua notável trajetória na indústria do entretenimento. Ela compartilha insights desde seus humildes começos no teatro até o estrelato na televisão e cinema, bem como suas incursões bem-sucedidas na direção teatral.

Débora revela que está escrevendo um roteiro para o cinema, destacando sua paixão pela arte e seu desejo de expandir suas habilidades para além da atuação. A atriz discute a evolução de sua carreira, enfatizando os desafios superados e a importância de entender sua maneira única de abordar os trabalhos. Ela descreve a preparação para o icônico papel de Nina em 'Avenida Brasil' e como a personagem evoluiu ao longo da novela. Débora compartilha sua paixão pelo teatro, destacando peças significativas em sua carreira e o papel transformador que o teatro desempenhou em sua vida. Além disso, ela fala sobre a gratificação de atuar no cinema e sua crescente paixão pela direção.


A atriz também discute a importância do equilíbrio entre sua carreira e a maternidade, enfatizando a rede de apoio e a presença da família. Ela reflete sobre seu relacionamento com os fãs e a mídia e como seu histórico familiar de artistas a influenciou. Débora compartilha sua visão sobre o papel das mulheres na indústria do entretenimento e como tem promovido uma representação mais autêntica e inclusiva das mulheres em suas atuações e projetos. A entrevista destaca sua notável carreira, seu comprometimento com a arte e sua determinação em continuar expandindo seus horizontes na indústria do entretenimento.

DÉBORA FALABELLA

A menina que nasce em Belo Horizonte construiu uma carreira notável na indústria do entretenimento, repleta de realizações e prêmios que atestam seu comprometimento e paixão pela atuação. Nesta entrevista abrangente, exploraremos detalhadamente cada capítulo de sua jornada, desde os humildes começos até o lugar de destaque que ocupa nas esferas da televisão, teatro e cinema.


Um começo promissor: O ano de 1995 marca o prólogo da história de Débora na atuação. Com a tenra idade de quinze anos, ela deu seus primeiros passos nos palcos, participando da peça "Flicts," uma produção inspirada na obra do renomado escritor Ziraldo. Embora modesto, esse início precoce semeou a semente de uma promissora carreira artística.


A transição para o Brilho televisivo: O ano de 1999 assinala uma transição significativa para Débora, à medida que ela embarca no mundo da televisão. Sua estreia ocorreu em uma participação especial na quinta temporada da emblemática série "Malhação". Essa oportunidade precoce a colocou sob os holofotes, onde seu talento cravou raízes profundas na consciência do público.


A jornada de novelas começa a desabrochar: O ano de 2001 testemunhou um marco crucial em sua carreira, quando Débora conquistou seu primeiro papel fixo na televisão, na telenovela infantil "Chiquititas" do SBT. Esta experiência não apenas consolidou sua paixão pela atuação, mas também preparou o terreno para desafios mais grandiosos.


A grande tela a chama: O ano de 2002 marcou a incursão de Débora no cinema, com uma atuação memorável no filme "2 Perdidos numa Noite Suja". Sua interpretação brilhante nesse longa-metragem lhe rendeu prêmios nos prestigiosos Festivais de Gramado e Brasília, solidificando seu nome na sétima arte.


Novelas de Sucesso: Em 2004, Débora protagonizou notáveis produções televisivas, incluindo "O Clone" e "Avenida Brasil." Esses papéis a catapultaram para o reconhecimento em massa, consolidando-a como uma das principais atrizes do Brasil.


A força da versatilidade: No ano de 2017, Débora se destacou ao interpretar o desafiador papel de Irene na novela "A Força do Querer." Sua atuação complexa e apaixonante nesse papel a destacou por sua profundidade e maestria na arte da atuação. **Teatro e Direção** Além de suas notáveis conquistas na televisão e no cinema, Débora deixou sua marca inapagável nos palcos teatrais. Ela não apenas atuou com maestria, mas também fundou o prestigioso Grupo 3 de Teatro e assumiu a direção de diversas peças de sucesso, provando ser uma artista versátil e multifacetada.


Próximos projetos e continuidade do Brilho: Com uma carreira que brilha com êxitos e desafios, Débora Falabella continua a impressionar com sua atuação talentosa. Nesta entrevista, iremos aprofundar nossa exploração de sua jornada e descobrir detalhes sobre seus projetos atuais e futuros, bem como os segredos que sustentam sua longevidade e sucesso na indústria do entretenimento.


Premiações e reconhecimento: Ao longo de sua carreira, Débora Falabella acumulou uma série de prêmios e indicações em reconhecimento ao seu talento excepcional. Seu currículo inclui um Grande Otelo, um Prêmio APCA, um Prêmio ACIE, quatro Prêmios Qualidade Brasil e um Kikito do Festival de Gramado. Além disso, ela foi indicada a quatro Prêmios Guarani, destacando sua contribuição notável para o mundo do entretenimento.


Este perfil meticulosamente elaborado destaca os principais marcos da carreira da atriz Débora Falabella, capturando a essência de sua trajetória excepcional, além de reconhecer suas notáveis conquistas e prêmios na indústria do entretenimento. Vem ler, ouvir e assistir a entrevista completa!


Entrevista

Do início em 'Malhação' ao estrelato em 'Avenida Brasil': Como você descreveria sua evolução como atriz e os desafios superados ao longo dessa jornada?

Na verdade a minha carreira começou antes de ‘Malhação’. Comecei a fazer teatro em Minas, e Malhação foi o meu primeiro trabalho na TV. Eu era muito jovem, era muito difícil de compreender o que estava acontecendo comigo e o que era esse grande mercado da televisão. Eu não imaginava que seria uma atriz de televisão. Fazia teatro em Belo Horizonte...Nem sabia até onde isso ia chegar pois é uma incógnita.


Eu lembro que fiz ‘Malhação’ depois voltei para BH. Tinha trancado meu curso de publicidade, mas voltei a fazer teatro em Belo Horizonte e depois, um trabalho foi emendando nos outros. Assim consegui construir uma trajetória. Acho que o meu maior desafio foi conseguir entender a minha maneira de me relacionar com os trabalhos que eu já fazia. Uma coisa que a gente vai construindo… e como se constrói não só a sua carreira no sentido de você escolher trabalhos, ou pensar em trabalhos.


Na TV muitas vezes você é convidada. Você tem mais autonomia para escolher trabalhos de cinema ou teatro, você vai construindo uma carreira. Talvez essa maneira de construir, não seja tão pensada, mas pelo menos é algo que reflete a nossa personalidade, a maneira como você vai lidar com o que tem em torno. A fama, a imprensa, e o que corre ao lado da profissão propriamente dita, são, até hoje, a coisa mais difícil pra mim, pois não é natural da profissão. É um esforço necessário. O artesanal do atuação muito diferente e inquéritos mais me interessa. Eu


tinha mais dificuldade nisso, e agora vejo com muito mais tranquilidade...mas eu vejo desafios também nos personagens. Cada um é uma maneira diferente de trabalhar, e precisa de uma dedicação extrema.


A personagem Nina/Rita em 'Avenida Brasil' é um marco em sua carreira. Pode compartilhar algumas das técnicas e preparações que a ajudaram a trazer essa personagem complexa à vida?

Para mim, a construção da Nina foi acontecendo também durante a novela.

O que eu sabia dela é todo o início da história. Que ela era uma menina que foi abandonada num lixão, que ela perdeu o pai, que teve toda essa história com a personagem da Carminha, uma história de abandono...ela foi adotada, viveu na Argentina durante muito tempo,  virou uma chefe de cozinha, andava de moto. Então para essas questões práticas, eu me preparei dessa forma prática.


Eu também trabalhei muito com a Yara de Novaes, que é uma grande atriz, diretora, e nesse trabalho ela fez a minha preparação. Ela me acompanhou muito durante o trabalho, mas eu acho que quando a gente está fazendo uma novela, temos que estar muito abertos para entender que essa personagem vai para caminhos muito surpreendentes por ser uma obra aberta. Mas eu acho que tinha uma coisa que movia a personagem da Nina que era a a necessidade de justiça e de vingança, mais de justiça em relação ao que ela sofreu na vida. Com isso eu consegui achar justificativa para tudo que ela fez. Era uma personagem que, ao mesmo tempo, ela era uma protagonista, mas era sombria, soturna, muitas vezes com uma expressão fechada, guardava muitos segredos... então era diferente das personagens protagonistas de novela que eu já tinha feito. Além disso, a gente tinha na novela uma antagonista extremamente solar, para fora. Entender também como seria contracenar com essa personagem, foi moldando a minha maneira de construir a Nina durante todo esse tempo.

O teatro tem sido uma parte essencial de sua carreira. Quais peças ou projetos teatrais foram particularmente significativos e por quê?

Para mim, o teatro sempre foi um ambiente familiar. Eu fui crescendo naquele ambiente, mas não imaginava que eu estaria ali em algum momento da minha vida. Mas aconteceu de uma forma muito natural.


Eu fui procurar o teatro porque eu tinha uma dificuldade de comunicação, era muito fechada, muito tímida, não me adequava muito na minha escola, com os meus colegas. Tinha poucos amigos. Quando eu comecei a fazer teatro, era um curso dentro da escola, mas não era com os mesmos colegas, era com colegas que estavam fazendo teatro. Um mundo se abriu para mim. Eu tive a possibilidade de encontrar uma voz e isso foi muito revelador para a minha vida.

Foi onde eu consegui achar um caminho para seguir. E aí eu não consegui mais parar.

Depois disso fui trabalhar no teatro em Belo Horizonte. Fiz algumas peças, fiz muitas peças infantis.

 

Eu comecei muito novinha na TV. Comecei com 19, 20 anos, e logo quando eu consegui, eu produzi meu primeiro espetáculo. Isso também foi algo muito importante pra mim. Ser produtora dos meus trabalhos. O teatro me proporcionou isso, porque é algo que você consegue fazer. É um pouco mais palpável você produzir teatro. Isso também me deu uma outra maneira de lidar com a minha profissão. A primeira peça que eu fiz, chamada Noites Brancas, era um texto, adaptação de uma história linda do Dostoiévski, dirigido pela Yara de Novaes, que depois passou a ser a minha grande parceira no teatro.


Eu tenho um carinho muito especial por essa peça. Depois a gente montou o Grupo 3 de teatro, com a Yara de Novaes e com o Gabriel Paiva, e esse grupo durou muitos anos. A gente tem um repertório muito interessante com ele. A gente fez uma peça chamada Contrações, que era eu e a Yara no palco, dirigido pela Grace Passô, que é um espetáculo muito marcante para mim.

 

Fiz um espetáculo também, esse fora do grupo, porque eu também trabalhei fora do grupo, da Silvia Gomez, chamado Mantenha Fora do Alcance do Bebê. A Silvia Gomez é uma dramaturga da minha geração, e muito genial. Ela lida com a escrita de uma forma que me causa muita identificação. Ela fala de assuntos muito difíceis de uma maneira muito poética.

 

E, por acaso, esse texto é o texto que nós três, porque somos três roteiristas, estamos transformando num roteiro de cinema. Por isso gosto de falar sobre esses três espetáculos que foram tão importantes para mim.


Além de suas atuações na televisão e no teatro, você também se aventurou no cinema. Qual foi o desafio mais gratificante de interpretar um papel no cinema em comparação com outras mídias?

Eu tenho uma vida bem equilibrada em relação ao cinema, ao teatro e à televisão. Só que eu gostaria muito de fazer mais cinema, porque eu tenho uma extrema paixão, tanto pessoal pois sou espectadora apaixonada e fui tendo referências durante a minha vida e durante a minha infância, e de uma maneira profissional, porque eu adoro o set de cinema, eu adoro fazer uma personagem criada para o cinema e eu adoro a ideia de estar eternizada ali naquela obra, naquela história.


Acredito que tudo que eu fui fazendo, todas as personagens que eu fui interpretando no cinema, foram para caminhos diferentes do que as personagens que eu interpretei na TV e no teatro. É como se tudo se completasse, as maneiras de você atuar. Mas eu tenho uma paixão pelo cinema, pelo fazer artesanal de cinema.


Isso me encanta muito, tanto que agora eu estou em uma trajetória para dirigir cinema, que vai ser a primeira vez. E eu espero ter muita habilidade para fazer isso, dirigir não é fácil. Você dirigir toda uma obra, um filme, é algo muito grandioso e você precisa estar de mãos dadas com as outras pessoas que vão fazer isso com você.

Com um currículo repleto de personagens memoráveis, existe algum papel que se destaca como o mais desafiador de sua carreira? Como você se preparou para enfrentar esse desafio?

Fiz muitas personagens fortes na minha vida. Olhando para trás vejo isso. Pensando nisso como atriz, é muito complicado responder qual foi o papel ou qual foi a personagem mais memorável, porque muitas vezes ela pode ser muito forte para mim, posso ter uma memória muito forte, mas o público pode ter memória maior de outra. Então assim, prefiro enxergar as personagens que vou fazer, por mais simples e pequenas que elas sejam como personagens que tem uma importância muito grande, prefiro olhar para a personagem de uma forma mais amorosa, do que pensando como ela vai ser... acho que a dificuldade de um papel é você olhar para a personagem sem preconceitos, sem julgamentos. Acho que aí que começam as grandes personagens.

 

Vida Pessoal, maternidade e equilíbrio:


Como você lida com as expectativas dos fãs e da mídia à medida que sua carreira cresce? Como encontrar equilíbrio entre as demandas da fama e sua vida pessoal?

Penso que hoje em dia eu tenho uma maneira mais saudável de lidar com isso. Acho que como tenho alguns bons anos de trajetória, as pessoas já me conhecem, e isso é muito bom! Porque acho que eles já me respeitam pelo que eu sou, como consigo interagir com eles - no caso dos fãs, e hoje com a internet a gente lê as postagens, a gente interage com eles, adoro a quantidade de fã clube das personagens, isso é muito lindo!


Antes a gente não conseguia ver tanto isso. Lá atrás a gente recebia no ‘Projac’ cartas - o que também era maravilhoso! hoje é mais fácil de ver. Eu tenho um carinho imenso por isso. Confesso que muitas vezes eu tenho dificuldade de interagir porque é uma dificuldade minha nas redes sociais mesmo, e volta e meia tento seguir todos, falar com todo mundo, e atender as pessoas com carinho porque isso sim é muito valioso. São pessoas que gostam do meu trabalho, e se identificam com que faço.


E agora a outra parte, que é a exposição, tento expor o máximo da minha relação com o trabalho. O que eu exponho da minha vida é muito pouco, esse limite vai até onde me sinto confortável, e acho que isso já consegui. Claro que uma vez ou outra sai na mídia algo que não gosto, e eu falo. Mas na maioria das vezes me sinto confortável e segura.

 

Sua família tem uma forte conexão com as artes. Como isso moldou sua paixão pela atuação e de que forma os membros de sua família foram inspiradores em sua carreira?

Meu pai desde como ele me apresentava a arte em casa, assistindo filme comigo, cinema… Ele é ator e era diretor, então me levava as peças que ele dirigia, falava muito sobre isso, tinha muitos amigos atores, então isso se tornou muito familiar para mim, e eu sempre gostava de ficar com os adultos na sala, ouvir o que eles tinham a dizer. A minha irmã, - na minha juventude, era e sempre foi a minha inspiração. A Cynthia é atriz, então também acompanhava muito, e minha mãe era cantora lírica, fazia muitas óperas, talvez uma das coisas que mais me impressionava quando eu era pequena...era a mágica do palco, as óperas eram sempre grandiosas e aquilo me encantava, e a música também me levava para outros caminhos.. Tenho uma prima atriz, então tenho muitas pessoas da família que são artistas, e isso me moldou, acredito que quando você cresce numa família de artistas, não que ela seja melhor ou pior, mas realmente o olhar para o mundo é diferente.

 

Você equilibra com sucesso sua carreira com a maternidade. Quais estratégias e apoio têm sido essenciais para desempenhar esses papéis com excelência?

Acho que esse equilíbrio é também possível, primeiro com a presença da família como um todo, do pai e da mãe - e isso acontece aqui em casa de uma forma muito bonita, e da rede de apoio que a gente cria, com os agregados, os amigos, o marido, o padrasto , a madrastas, a tia, a amiga, a filha da amiga, com uma rede de apoio assim, você consegue equilibrar porque realmente se você estivesse sozinha seria muito difícil de conciliar.


Eu acho que tenho conseguido esse equilíbrio desde muito tempo. Tem momentos em que fico muito, muito presente, passei um longo tempo, um longo período sem fazer novela, e isso me fez estar muito em casa, e agora eu conto com essa rede de apoio que tenho.

 

 Ao longo de sua carreira, você colecionou prêmios e elogios. Existe algum prêmio ou reconhecimento que seja especialmente significativo para você?

Os prêmios são muito legais de ganhar, a gente se sente maravilhosa. Realmente não tem como dizer que não importam...mas eles são algo a mais!


Acho que o mais importante é outra coisa. Quando a gente faz uma peça no teatro e a gente vê que está enchendo e que as pessoas estão voltando, e o público está crescendo. Quando sinto na hora de interpretar e vejo que o público está adorando. Isso sim é importante! Claro que o elogio da crítica especializada, o prêmio a ser dado pelo júri, ele também é importante. Mas ele é algo a mais em tudo isso que a gente faz.

 

Você interpreta uma escritora famosa em 'Depois a Louca Sou Eu'. Como você se conectou com esse papel e de que forma ele influenciou sua própria escrita ou perspectiva criativa?

Fiz duas Escritoras no cinema, uma coincidência! Fiz a personagem “Depois louca sou Eu”, que é uma escritora que lança um livro falando sobre saúde mental, então tem duas questões aí, tem a escrita - que é se expressar no mundo, a maneira como essa personagem tinha de se expressar no mundo, e como ela lidava com as questões de saúde mental dela, e como ela colocava isso no trabalho, - isso é o que eu achava mais interessante da personagem.


Eu tenho questões ligadas a minha saúde mental, me preocupo com isso. E acho que hoje a gente está falando muito mais sobre isso. Esse filme além de mostrar essa pessoa que se expressava através da escrita, foi interessante pra mim, pois eu não sou uma pessoa da escrita. Hoje em dia sou mais, estou desenvolvendo um roteiro, e escrevo muito pra mim, mais do que para os outros e para ser visto. Então foi interessante ver como a personagem era construída para escrever e principalmente para falar da vida dela através da escrita.


Já a personagem do “Bem vinda Violeta”, foi o último filme que fiz, conta a história de uma escritora que acaba vivendo um pouco a vida da sua personagem - que também é muito interessante, e que tem um paralelo muito grande com a vida da atriz, pois a gente realmente vive aquela personagem no corpo. No caso da história dessa escritora, o que ela escreve no papel acaba tomando conta do seu corpo.


Como você vê o papel das mulheres na indústria do entretenimento e de que maneira você tem trabalhado para promover uma representação mais autêntica e inclusiva das mulheres em suas atuações e projetos?

Quando comecei a trabalhar principalmente na TV, realmente a equipe era muito masculina, muitos homens, diretores, e ao longo do tempo fui vendo isso mudar, e foi muito bonito de ver . Comecei a ver um ambiente mais equilibrado, apesar de achar que ainda temos um grande desafio pela frente, a gente ainda não conseguiu se equiparar aos homens, tanto aos nossos salários, quanto nos nossos cargos, nos nossos projetos... mas eu tenho visto um olhar para o feminino, é bonito de ver. Pessoalmente sempre trabalhei com muitas mulheres, tanto que nesse novo projeto todas as roteiristas são mulheres. No meu grupo de teatro são muitas mulheres, isso é importante! Tudo é bem dividido! então eu pessoalmente trabalho muito bem com mulheres, espero que isso siga acontecendo nas nossas vidas, para que ocupemos mais espaços no entretenimento e também no mercado de trabalho.

Fotos: Jorge Bispo - @jorgebispo

Entrevista: @antonnio.italiano

Imprensa: @stratosferacom

Stylist: Mariana Barreto - @marianabarreto

Beleza: Adriana Alves - @adrianaalvesmakeup

Assistente de Beleza: Barbara Santos - @babisilvasantos


Look:

Kimono e calça @neriage

Joia ( broche ) @anaportostore

Joias @tottaacessorios

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