Capa: Beatriz Reis é o Brasil que sonha alto — e realiza
- VAM Magazine
- 4 de ago.
- 6 min de leitura
Atualizado: 13 de ago.
Da feira do Brás à televisão brasileira, Beatriz estampa a capa da VAM Magazine com sua essência vibrante, fala sobre moda acessível, beleza natural, representatividade e os sonhos que a movem — sem deixar de lado suas raízes nem sua autenticidade.

Com um carisma que transborda as telas e uma voz que ecoa as ruas do Brás até os estúdios da TV Globo, Beatriz Reis estampa a capa da VAM Magazine com a força de quem não apenas vive a própria história — mas a transforma em manifesto. Ícone de autenticidade e potência popular, Bia é mais do que um fenômeno midiático: ela é o reflexo de um Brasil que pulsa nas periferias, reinventa a moda e ocupa os holofotes sem jamais abrir mão de suas raízes.
Nesta edição especial, Beatriz nos conduz por uma narrativa que começa entre tecidos improvisados e palcos imaginários da infância, atravessa os bastidores da moda autoral e da televisão, e desemboca num presente onde liberdade, beleza natural e representatividade são bandeiras. Entre memórias de infância, estreias no SPFW e planos ambiciosos para o futuro, ela fala com a intensidade de quem sabe que estar aqui — sendo vista, ouvida, respeitada — é uma conquista coletiva.
Beatriz Reis é atitude, é verdade, é símbolo. Sua presença na capa da VAM celebra uma nova estética de protagonismo, onde a coragem de ser quem se é torna-se a mais elegante das revoluções.
Entrevista:

História antes da fama
Beatriz Reis, em que momento da infância você percebeu que a arte seria o seu caminho, mesmo crescendo no Brás e ajudando seus pais como camelô em Guarulhos? Desde que eu me entendo por gente, sempre fui assim: comunicativa, extrovertida e engraçada, sempre gostei de estar na frente das telas e para isso, eu sempre brincava de imitar os famosos, seja na frente do espelho ou em algum lugar que eu fazia como palco.
Você chegou a criar roupas com cortina da sua mãe ou morangos para colar — como essas experiências informaram sua visão de moda anos depois? Eu sempre gostei de moda até mesmo quando eu não tinha essa noção. Quando pequena, eu mesma gostava de escolher minhas próprias roupas, e dava um trabalho danado para a minha mãe rs. Por esse motivo, eu cresci tendo a visão de que a moda é muito única e individual. Hoje em dia, eu continuo acreditando que além desses fatores a moda também é uma tendência que pode sim ser acessível e para todos os gostos e formas, ou seja a moda é para todos!
Além do trabalho como vendedora e babá, você atuou como modelo fotográfica e chegou a trabalhar com teatro desde cedo. Como essas vivências moldaram quem você é hoje? Essas foram experiências que agregaram não somente na área profissional para uma melhor evolução mas também para a área pessoal, me fizeram ser mais focada no que eu quero e acreditar mais em mim, e são vivências que me agregam até hoje.
Vida pessoal
Você costuma dizer que não fez terapia, mas que sua maior terapia é a família. Como mantém seu equilíbrio emocional em meio às exigências da fama? A minha família é o equilíbrio, eles são fundamentais para me dar o suporte que eu preciso, e também nunca esquecer das minhas raízes, é algo que me ajuda muito.
Você falou que “vivi cinco anos em poucos meses” durante o BBB — como olha hoje para esse período intenso e transformador? Eu olho com muito carinho, respeito e gratidão, eu tive uma oportunidade de realizar um grande sonho e mudar a minha vida e a da minha família, por isso eu acredito que nunca devemos desistir dos nossos sonhos.
Considerando sua experiência única com relacionamentos no BBB e após, como enxerga sua jornada pessoal hoje sem pressa ou pressão? Acredito que hoje possa haver uma curiosidade por grande parte do público, mas eu não levo isso com uma pressão, estou muito focada na minha carreira profissional e por esse motivo, vou deixando as coisas acontecerem naturalmente.
Moda e beleza
Beatriz Reis, você afirma que a moda está em todo lugar — até em casca de banana. Como você enxerga a moda sustentável e autoral no seu olhar? Enxergo de um jeito muito positivo e inovador, pois o impacto consciente é muito importante para o nosso planeta. A Moda autoral também é super significativa para entendermos a visão exclusiva do criador, aquela que muitas vezes não segue uma tendência passageira.
Fazer sua estreia na passarela do SPFW pela grife LED foi emocionante — o que aquele momento representou para você como símbolo da democratização da moda? Foi uma experiência rica, que mais uma vez valida que a moda é para todos, e simboliza que eu consegui ocupar um espaço em um movimento muito importante. Eu o ocupei com coragem, com personalidade e essência.
Você já comentou que rejeita procedimentos estéticos e prefere preservar a beleza natural. Como você define essa relação entre autoestima, autenticidade e imagem pública? Para mim, é uma relação de cuidado, eu penso que o importante é estarmos felizes e bem com nós mesmos, sem ceder à pressão. Me acho bonita, gosto de tudo em mim.
Televisão, fama e fãs
Depois de sua participação no BBB24, você assumiu o quadro EconoBia no Encontro. Como foi aprender a transitar da espontaneidade do reality para o ambiente profissional da TV Globo? Essa transição sempre existiu em mim. Eu sou a Bia do Brás, do Brasil, sou espalhafatosa, espontânea, intensa mas, eu também sou a Beatriz Reis focada, dedicada, que está sempre disposta a aprender, a Beatriz que estuda, que escuta, que está sempre observando. Então, pra mim essa transição sempre existiu em toda minha vida. E, comandando o meu quadro no Encontro, não foi diferente, eu encarei com toda minha sede de aprender, com toda a minha alegria em realizar esse sonho, que é trabalhar na tv.
Você construiu um estilo comunicativo intenso que divide opiniões. Como responde às críticas de quem considera seu jeito “forçado”, e por que escolheu manter essa autenticidade no ar? Eu não respondo às críticas, a opinião do outro é mais sobre ele do que sobre mim. Eu escolho todos os dias manter minha autenticidade no ar e vou sempre continuar escolhendo porque essa é quem eu sou, foi o que me trouxe até aqui, o dia que eu deixar de lado a minha autenticidade, aí sim eu estaria respondendo às críticas.
Seu bordão “É o Brasil do Brasil” se tornou símbolo e identidade. O que ele significa para você hoje como apresentação da sua marca pessoal? “É o Brasil do Brasil” nasceu de forma espontânea, mas virou algo muito maior do que eu imaginava. Hoje, ele representa um sentimento coletivo de resistência, de alegria, de superação, e principalmente, de pertencimento. É sobre enxergar o Brasil real e ter orgulho de onde a gente vem. Como marca pessoal, esse bordão é meu jeito de lembrar todo mundo e a mim mesma que ocupar espaços com a nossa verdade, é também uma forma de transformação. É um grito de identidade, sabe? Um lembrete de que o Brasil somos nós, com todas as nossas vozes.
Fãs, impacto social e projetos futuros
Você conquistou contratos de marcas grandes e visibilidade nacional. Como lida com a responsabilidade de ser inspiração para milhares de fãs, especialmente do público periférico? Eu levo essa responsabilidade com muito respeito e gratidão. Sei o peso e o poder de representar tantas pessoas que, como eu, vêm da periferia e muitas vezes não se veem nos espaços de destaque. Quando uma marca me escolhe ou quando estou na TV, não é só sobre mim, é sobre abrir caminho, mostrar que a gente pode, sim, estar nesses lugares sem precisar abandonar quem somos. Tento sempre manter os pés no chão, lembrar de onde eu vim, e usar essa visibilidade para gerar conversa, oportunidade e inspiração real. Porque se eu cheguei, é pra que mais gente chegue também.
Em entrevistas você menciona planos de criar sua marca de moda, além do desejo de lançar seu próprio programa de TV com talentos mirins. Como está evoluindo essa visão para o futuro da sua carreira? Esses sonhos seguem vivos e cada vez mais claros pra mim. A moda sempre foi uma forma de expressão na minha vida, de identidade, de atitude, de representatividade. Já o programa com talentos mirins é um projeto do coração, quero dar visibilidade para crianças que têm brilho, mas não têm oportunidades. Imagina quantas potências estão aí, só esperando uma chance? Estou estruturando tudo com calma, buscando parcerias certas, porque quero fazer bem-feito, com propósito e impacto. Não é só sobre carreira, é sobre legado.
Se você pudesse definir o seu atual momento de vida com um manifesto ou lema pessoal, qual seria a frase que melhor traduz Beatriz Reis hoje? A frase que eu falaria seria: “Sou completamente apaixonada em realizar sonhos”.
E por fim, porque aceitou estar na capa da VAM Magazine? Aceitei estar na capa da VAM Magazine porque a revista representa exatamente o que eu acredito: atitude, representatividade, inovação e coragem de contar histórias reais.
Entrevista: @antonnio.italiano
Look: @adrianadegreas
Fotografia: @albafilms_
Styling: @igorgarrcia e @melzaani
Assessoria de imprensa: @melinatavarescomunicacao
Tenho tanto orgulho da Bia torci por ela no BBB e torço por ela na vida !
Ela é maravilhosa, humilde e atenciosa com seus fãs e o mais bonito honra seus pais, por isso que está vencendo na vida pois está vencendo pelos seu talento e sem passar por cima de ninguém !