Kelner Macêdo, o DJ Mark de 'Verdades Secretas 2', fala do personagem na trama, carreira e projetos
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Kelner Macêdo, o DJ Mark de 'Verdades Secretas 2', fala do personagem na trama, carreira e projetos

Na trama Mark vive um triângulo amoroso, e bem conflituoso, com filha e mãe, vividas pelas atrizes Rhay Polster e Paula Burlamaqui

Crédito fotográfico: Júlio Ararack | Assessoria: Mercadocom

Com 27 anos de idade o ator Kelner Macêdo vem se mostrando uma das apostas de sua geração. Após participar de sucessos como ‘Onde Nascem os fortes’ e ‘Sob Pressão’, da TV Globo, e da série ‘Todxs Nós’ da HBO, o paraibano pode ser visto em ‘Verdades Secretas 2’ onde dá vida ao misterioso Mark, DJ oficial da Radar Club, boate onde acontecem várias histórias da trama de Walcyr Carrasco. Durante a trama , que está no ar no catálogo do Globoplay, o DJ teve vários acontecimentos na sua trajetória e o público pode ver novas nuances do personagem.

- Já existia um grande interesse da minha parte em integrar o elenco da segunda temporada da novela, então quando o produtor de elenco Gui Gobbi me ligou convidando para um teste, eu aceitei de imediato. Muita coisa aconteceu, testamos primeiro para o personagem Matheus – foi quando entendemos que precisava ser um ator mais jovem para o papel. Depois testamos para o personagem Benji, mas por um conflito de datas de gravação com outro projeto, não daria para conciliar com o cronograma de gravação do personagem. Foi então que para minha alegria, o Gui Gobbi me convidou para dar vida ao Mark, que entraria depois na trama, e daria para conciliar os dois – conta o ator sobre a entrada em Verdades Secretas 2.

O paraibano também dá mais detalhes de como foi a preparação para compor Mark.

- Desde que recebi o roteiro e li o Mark, eu comecei a me interessar pelo que poderia estar por trás dos atos dele, naquilo que está menos aparente, mas que norteia as suas escolhas. Foi um processo de me fazer muitas perguntas sobre, de muitas dúvidas. E sinto que o processo esteve sempre muito vivo, se modificando todos os dias. Eu sempre tinha um insight novo sobre tudo. Também mergulhei numa pesquisa mais direta sobre o corpo do trabalho, os estados de presença e performatividade que ele flui enquanto DJ, sendo uma pessoa que trabalha na noite – na festa. E dentro disso também troquei figurinhas com algumas pessoas que tocam na noite, isso ajudou muito a construir um imaginário mais específico dessa rotina no trabalho. Além da troca com o elenco, do falar sobre ele, do atentar-me as suas contradições. E acho que conheci muito do Mark, quando comecei a observá-lo em relação, tanto com Chiara (Rhay Polster), como também com a Aline (Paula Burlamaqui). Acredito que revelamos muito do que somos quando estamos num envolvimento amoroso – revela.

Na trama o personagem de Kelner namora Chiara até que se apaixonar pela mãe dela, a ex modelo Aline, vivida por Paula Burlamaqui, e começa a viver nesse triângulo amoroso, e bem conflituoso, com mãe e filha. Ele fala sobre como foi contracenar com as atrizes Rhay Polster e Paula Burlamaqui.

- A Rhay foi um grande presente que a novela me trouxe, e que levo comigo para a vida toda. Nos conectamos no primeiro segundo do primeiro minuto. Muito parceira e muito dedicada. Passávamos horas conversando sobre a relação dos nossos personagens, e sobre tudo que nos atravessava. E foi lindo de ver o quanto ela cresceu, e o quanto é talentosa. Entregou tudo! A Paula é um grande amor, tenho muita admiração e carinho por ela. Também foi uma conexão imediata. Nos conhecemos antes de começar o trabalho e já nos amamos. Ela é uma atriz muito consciente, muito viva, inteira, todos os dias eu me surpreendia positivamente com a capacidade dela de entrega e presença. Também levo comigo pra vida toda – ressalta.

O ator ainda fala de características que tem em comum com o DJ da Radar Club.

- Eu sou uma pessoa muito solar e o Mark mais lunar. O nosso ponto de encontro principal talvez seja na energia do corpo da festa, do corpo do trabalho, na vida do DJ - que são os momentos mais solares dele. Eu adoro música, meus dias são feitos com trilha sonora. Eu acordo e escuto uma música, eu passo o dia fazendo o que preciso fazer, sempre com um som ao fundo. Então quando recebi a informação de que o Mark era um DJ, eu fiquei muito entusiasmado, porque essa atmosfera sonora, de alguma maneira, já existe na minha rotina também – explica Macêdo.

Kelner também fala sobre a sua trajetória nos últimos anos onde vem emendando vários trabalhos de sucesso na TV.

- A carreira de ator é sempre um parque de diversões, uma montanha russa cheia de curvas, de altos e baixos. E emplacar em trabalhos de sucesso não é nada fácil. Muita dedicação, muita preparação, muito tempo da vida dedicados a isso. E acho que quanto mais a gente faz, mais a gente entende como fazer, e mais gostoso fica. Acredito que esse crescimento vem dessa longa caminhada, estou me dedicando integralmente a vida de ator há 9 anos, pesquisando, trocando, construindo, pensando. E quanto mais o tempo passa, mais certeza eu tenho de que esse é o maior combustível da minha jornada – completa.

O ator lembra como começou a querer “entrar na TV”, como via quando era criança.

- Via-se muita televisão e ouvia-se muito rádio na minha casa quando eu era criança, então cresci tendo acesso à essas duas plataformas principalmente. A TV me comovia, me causava muitos estranhamentos. Lembro que perguntava para minha avó como que eu conseguiria entrar na televisão também, qual o caminho, como era possível entrar ali?! Eu acreditava que existia uma fórmula mágica de encolhimento, para caber dentro da TV, e fiquei buscando essa fórmula durante muito tempo. Eu nasci numa cidade chamada Rio Tinto, no litoral norte da Paraíba, e lá não existia cinema ou teatro, não haviam essas referências, então a TV, nesse sentido, foi a maior delas pra mim. E só fui ter acesso ao que seria fazer teatro, durante a escola, quando uma professora de matemática propôs de montarmos uma peça, o que era um feito inédito na escola onde eu estudava, e foi quando vivi a primeira experiência artística da vida e me encantei com a possibilidade. A partir daí muitos caminhos foram se abrindo, e eu fui buscando me conectar com o fazer artístico mais e mais. Até chegar à universidade de Teatro, à experiência com o cinema, e todos os desdobramentos que fazem parte da minha vida hoje – lembra o interprete de Mark.

A vinda de Kelner para o sudeste se deu em 2016, quando ele veio protagonizar o longa ‘Corpo Elétrico’, do diretor Marcelo Caetano.

- Eu vim para São Paulo para protagonizar o longa e fiquei muito atravessado com as possibilidades que a cidade me trazia, tanto de trabalho, como de acesso à programação cultural, os encontros, os artistas... Logo entendi que era em São Paulo que eu queria morar a partir dali. Isso foi se alargando, e a vida foi tomando novos caminhos. Logo veio o Rio de Janeiro, e a ponte SP x RJ se estabeleceu, e é onde me encontro atualmente, nesse fluxo entre uma cidade e outra – comenta.

Falando do longa-metragem ‘Corpo Elétrico’, o ator fala de sua carreira fora das telinhas.

- O trabalho no cinema é um dos grandes acontecimentos na minha carreira, é onde tudo começou e o que me abriu as portas para a TV. Além de ‘Corpo Elétrico’, destaco o curta metragem ‘A Mordida’, do diretor português Pedro Neves Marques, pois são dois trabalhos bem importantes, que percorreram cinemas e festivais do mundo inteiro, trazendo muitos prêmios para casa. Além do meu trabalho no teatro, que posso destacar a última peça que fiz chamada ‘Lobo’, da diretora Carolina Biancchi – conta o ator.

O paraibano ainda fala sobre sua terra e do que sente falta.

- Sinto falta da minha rotina junto do mar. Eu sempre tive uma ligação muito forte com a praia, sempre estava lá, entre um afazer e outro eu acabava indo dar um mergulho, meditar, silenciar a mente. O mar me acalma e me transforma sempre. E do calor das pessoas, acho a Paraíba um lugar muito caloroso, muito poroso – lembra o artista.

Para 2022, Kelner já tem projetos engatilhados em diferentes frentes.

- Tenho dois filmes para estrear em 2022: ‘A Vida que Resta’ primeiro longa-metragem do diretor Flávio Botelho; e ‘Promessa de Um Amor Selvagem’ curta do diretor Davi Mello. Ambos devem ter suas estreias confirmadas em festivais internacionais em breve. Na TV eu volto para a quinta, e última temporada, da série ‘Sob Pressão’, onde me despeço do personagem Kléber, ainda sem data prevista para estreia. No segundo semestre de 2022 pretendo rodar meu primeiro curta metragem chamado ‘Ponte Sobre Rio Seco’, que é a minha estreia como roteirista e diretor – finaliza Kelner.


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