Um dos maiores surfistas do mundo na capa de setembro: Pedro Scooby com exclusividade
- VAM Magazine
- 6 de set. de 2021
- 5 min de leitura
Pedro Vianna, mais conhecido como Pedro Scooby, é o surfista brasileiro reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo, nascido em 10 de agosto de 1988, no Rio de Janeiro. Ganhou o apelido e agora sua marca Scooby quando criança pelos amigos próximos, que apontavam semelhança com o personagem de desenho animado "Scooby Doo", além da forma de falar.

Este ano, durante passagem pelo Brasil, foi destaque mais uma vez ao deter, em abril, uma das maiores e mais raras ondas da Laje da Besta, na Baía de Guanabara (RJ), com cerca de 5 metros de altura. Ele também surfou uma enorme onda em um 'swell' histórico de Nazaré que aconteceu em outubro de 2020, cotada pela WSL como uma das maiores surfadas no mundo. Além disso, já venceu o Gigantes de Nazaré (em 2019), edição especial do Esporte espetacular, da TV Globo. Isso sem contar os paredões encarados por ele no Havaí, México, Peru, Chile, Indonésia e por aí vai.
Nessa entrevista Scooby, paizão de três filhos, Dom (nascido em 26 de março de 2012) e dos gêmeos Bem e Liz (nascidos em 1º de setembro de 2015), frutos do casamento com a atriz Luana Piovani, destaca também a importância de entender a cabeça dos filhos, de cada um, para poder se doar ainda mais ao que eles precisarem.
Aos 33 anos, o surfista movimenta o mercado esportivo com a sua história e estilo de vida inspirando carreiras. Cheio de personalidade posou para a VAM Magazine junto ao bate papo exclusivo. (fotos de Márcio Farias) no badalado Cliffside Rio.
Entrevista:

Pedro conte para a VAM Magazine e para os seus novos fãs, como você começou a carreira?
Meu primeiro contato foi logo aos 5 anos, quando eu aprendi a ficar em pé na prancha. Depois aos 10 anos eu entrei na escolinha e comecei a surfar todos os dias e depois com 12 eu já estava competindo e tendo o meu primeiro patrocínio.
Com 33 anos e adepto ao freesurfer desde muito novo (primeira vez que pisou na prancha foi aos cinco anos), qual a dificuldade que ainda você acredita existir no mercado para novos atletas, e como foi esse início para você?
Eu acho que o surf e outros esportes precisam de mais apoio. Porque no cenário de hoje temos atletas com muito potencial, mas que infelizmente não evoluem por falta de investimento. Não conseguem participar de campeonatos internacionais, representam o país de origem, mas precisam sair do país para poder se profissionalizar. São dificuldades que infelizmente atrapalham e desmotivam a acreditar na carreira como atleta.

No Taiti você ganhou o prêmio de ‘Melhor Tubo’, pela Revista Fluir (2012); também é o primeiro surfista brasileiro a protagonizar um gibi, a história em quadrinhos ‘De volta á rotina’. Onde e como se sente mais desafiado?
Surfar ondas grandes é uma das coisas que mais me desafiam. Gosto de estudar a onda, o mar e me preparar para performar da melhor forma. Esse momento do surf é um dos que mais me desafiam e é viciante, eu sempre quero tentar de novo e de novo.
Quem você admira do nosso Brasil, e por que?
Eu admiro pessoas que valorizam as coisas simples e que buscam a sua própria felicidade, porque para mim esse é o melhor jeito de viver a vida.
Havaí, México, Peru, Chile, Indonésia, entre tantas ondas, qual foi a mais desejada, e qual o seu sonho como profissional do esporte:
O maior sonho da minha vida foi viver do esporte que eu amo. Graça a Deus eu nasci com esse talento e graças a Deus consegui usufruir dele, então acho que eu já vivo este sonho.

Qual e onde foi sua onda inesquecível? E por quê?
Foi uma onda em Nazaré (Portugal). Estava com uma condição muito desafiadora, logo no início quando a ‘galera’ começou a ir para Nazaré. As ondas estavam muito grandes, ventando e chovendo demais e o pessoal que estava com a gente optou por não entrar no mar. Eu e meu time resolvemos ir lá fora dar uma olhada nas condições e acabei surfando esta onda muito gigante. Concorri, inclusive, a vários prêmios pelo mundo todo por conta dela. Foi realmente histórica na minha vida. Do meu time, eu fui o único que surfei, então este dia foi muito marcante para mim!
Você venceu o ‘Gigantes de Nazaré’ (2019), edição especial do programa Esporte espetacular, da TV Globo. Você inspira muitas carreiras e então como lida com polêmicas, e posicionamentos nas redes sociais?
Eu aprendi a lidar com polêmicas de uma forma muito boa. Eu simplesmente olho, analiso e se é algo que eu possa mudar em mim mesmo e que eu acho errado, tenho humildade para tentar evoluir e mudar minha postura. Mas, no geral, sou um cara que abstraio esta questão e vivo minha vida tranquila, sem isto influenciar na minha felicidade, na minha família.

E comente um pouco sobre a sua presença como pai na vida de Liza, Bem e Dom? O que eles te ensinam?
Quando a gente coloca um filho no mundo não é para ele viver a nossa vida. Então, eu tento buscar o máximo de tempo e dedicação para viver a vida deles, para poder estar e fazer a felicidade deles. Tentar entender como é a cabeça de cada um, o que eles precisam de mim e o que eu posso fazer para torná-los mais felizes. E claro, sempre ensinando muito sobre respeito e educação.

Qual o estilo de Pedro Scooby na moda, e qual o seu sonho fashion?
Eu não tenho estilo, eu sou eu mesmo. Eu uso o que eu gosto, o que eu fico ‘amarradão’ e eu acho que é isso... Parar de se importar com o que é certo, errado. Bonito é o que você gosta e está tudo certo (rs).
O que o mar representa para você?
O mar é minha sala de terapia (rs).
Cíntia Dicker e você. O que você mais admira nessa companheira e como vocês se conheceram?
Ela é minha parceria. Primeiro ela foi meu sonho de mulher concretizado e depois que a gente ficou pela primeira vez e começou a se conhecer melhor, eu passei a admirá-la ainda mais como minha parceria. Ela virou uma amiga, uma pessoa que eu gosto de estar junto e tem a visão da vida igual a minha, que é ser feliz e curtir!

Rapidinha com Pedro Scooby
1) Na hora de relaxar o que faz sua cabeça? O que procura?
Dar uma namorada e um bom dia de surf.
2) Qual o nome da sua saudade?
Filhos e Cíntia. Na verdade... família. O nome da saudade para mim é família.
3) Como cuida do seu corpo e mente?
Passando o dia com a minha família, poder estar perto deles e fazer o que eu mais amo, que é o free surf.
4) Qual a música que definiria a sua história?
1967, do Marcelo D2. A música conta a história a vida dele, que é muito parecida com a minha e sempre me inspirou desde ‘moleque’, quando eu escutei pela primeira vez.
Assista o reels com mais de 100mil visualizações
Editor chefe e entrevista @antonnioitalino
Fotos @marciofariasfoto
Assistente @humbertofelga
Styling e Produção executiva @samantha_szczerb
Beleza @daianneemartins
Vídeo @vegalsfilms
Locação @cliffside_rio
Comments